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REGIÃO

Por seu tamanho, abrangência e diversidade, o Cerrado é considerado um Bioma de grande importância para o Brasil. Na região da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste do Estado de Goiás, apresenta especial endemismo e, lamentavelmente, também grande quantidade de espécies ameaçadas de extinção. Somada a esta diversidade de flora e fauna, as paisagens são encantadoras, impressionando turistas e viajantes.

A região é a mais elevada do Planalto Central Brasileiro e importante cabeceira da Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins, que alimenta a represa de Serra da Mesa.

A sociodiversidade é outro aspecto marcante desta região, que reúne comunidades tradicionais quilombolas e de agricultores, uma comunidade indígena, além de agricultores familiares de diversas origens.

A região tem boa parte de seu território protegido pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), diversas Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) e a Área de Proteção Ambiental Pouso Alto. Por suas características naturais o PNCV, recebeu o título de Patrimônio da Humanidade, dado pela UNESCO e a região é parte da Reserva da Biosfera do Cerrado Goyaz, Fase II, definida pela mesma organização.

A despeito de todo esse reconhecimento de seu valor como patrimônio cultural e natural, graves ameaças pressionam a região: monoculturas, hidrelétricas e mineração - como parte do modelo de desenvolvimento neoliberal vigente, ambientalmente insustentável.

A destruição do Cerrado vem acompanhada pela erosão cultural e perda da identidade de suas comunidades que, mais do que qualquer um de nós, conhecem o valor do Bioma e detém conhecimentos importantes para seu uso e conservação.

Sensível a este quadro, a Universidade de Brasília implantou em Alto Paraíso de Goiás, por solicitação e apoio da comunidade local (veja o Histórico), este Centro de Extensão e Pesquisa, que tem como MISSÃO:

Promover a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento regional sustentável da Chapada dos Veadeiros, por meio da produção, divulgação e aplicação de conhecimentos científicos e do diálogo de saberes.

Entendíamos que: o diálogo entre universidade e sociedade, a ecologia de saberes, a pesquisa científica e a formação de cidadãos para buscar práticas realmente sustentáveis poderiam contribuir de forma efetiva para frear o processo de delapidação do Bioma.

 

Clique aqui para acessar o

Planejamento Estratégico e Regimento Interno

Fonte: Duda Bentes

HISTÓRICO

Fonte: Duda Bentes

O Regimento Interno foi elaborado a partir do que havia sido produzido junto à sociedade de Alto Paraíso nos anos de 2008 e 2009, discutido por professores e revisado pela Procuradoria Jurídica da UnB. O projeto de criação foi encaminhado ao CONSUNI – órgão máximo desta universidade e em 10 dezembro de 2010, por unanimidade, sua criação foi aprovada naquele conselho.

 

Durante o ano de 2010 havia um grupo de professores se reunindo regularmente e montando projetos de pesquisa e extensão para a região da Chapada dos Veadeiros, contando com bolsistas de graduação do REUNI, e apoio do DEG- Decanato de Graduação - para as atividades de campo. Neste ano, o Vereador Dada novamente conseguiu emenda parlamentar de bancada do DF, no valor de R$ 1.442.000,00 para investir em equipamentos para o laboratório de biologia e em projetos de pesquisa e extensão.

Em 2011, após a criação formal, cerca de 20 professores se cadastraram como membros efetivos e começaram ações de pesquisa e extensão na região.

Com sede na cidade de Alto Paraíso de Goiás, o Centro UnB Cerrado teve sua concepção iniciada em 2005 durante as Conferências Estadual e Nacional do Meio Ambiente, por um grupo de ambientalistas que vive no município.

A partir da aprovação dessa ideia e seu registro nos anais das conferências, o então Vereador Dada (Eduardo Estellita) buscou formas de viabilizar o projeto, obtendo em 2007, com seu correligionário do PV Deputado Fernando Gabeira, emenda parlamentar no valor de R$ 1,5 milhões para a construção da sede. Para conseguir a emenda, buscou a Universidade de Brasília para executar o projeto, e já em 2008 a emenda estava aprovada e inserida no PPA da União.

Assim, em junho de 2008 deu-se o início das reuniões entre a UnB e representantes da sociedade civil e das comunidades locais para construir a proposta (Veja vídeo da primeira reunião). De forma participativa, foi elaborado ainda naquele ano, princípios e objetivos do novo espaço, assim como o projeto da obra, elaborado pelo Arquiteto Sérgio Pamplona, conhecido por sua expertise em projetos sustentáveis e permaculturais. (Veja aqui a planta da sede)

Em 2009, teve início o Programa de Extensão que objetivava implantar o Centro e, no contexto deste, diversos debates foram realizados envolvendo cidadãos e representantes da sociedade organizada, que se reuniam com a universidade, enfrentando o desafio de trazê-la para a Chapada dos Veadeiros. Naquele ano, começaram também as obras de construção da sede, por meio de convênio firmado entre a Prefeitura de Alto Paraíso e a UnB.

No ano seguinte, a administração central da UnB nomeou comissão para definir como este espaço entraria no organograma da universidade. A comissão definiu que este espaço seria um Centro multidisciplinar, ligado ao Gabinete do Reitor, como tantos outros centros da UnB.

Em maio de 2011 o Centro começou a funcionar na cidade de Alto Paraíso em espaço cedido por comodato pela Fazenda Escola Bona Espero, com grande projeto de formação de jovens que incluiu 3 cursos da cidade e 2 turmas nas áreas rurais – Sertão e Assentamento Sílvio Rodrigues. A formação de jovens era uma demanda da cidade, e a emenda parlamentar ofereceu recursos para isso.

 

O ano de 2011 foi finalizado com a Feira de Produção Sustentável da Chapada dos Veadeiros, projeto financiado pelo Proext/MEC, durante a qual ocorreu a formatura das 5 turmas dos cursos de extensão, além da apresentação para a comunidade dos resultados dos projetos desenvolvidos nos dois anos de trabalho.

Em 2013 foi elaborado pelos professores e representantes da sociedade, o Planejamento Estratégico deste Centro.

O processo de construção da sede foi pontilhado por diversos percalços e desafios, onde questões políticas e institucionais fizeram com que somente em outubro de 2013 o núcleo acadêmico fosse finalizado. Entretanto, como o núcleo de alojamentos não foi terminado, o convênio ente UnB e Prefeitura local não pode ser finalizado e a universidade não pode usar o espaço. 

A partir de 2017, começaram a ser ofertadas disciplinas de graduação e foi iniciado o primeiro Curso de Especialização em Sociobiodiversidade e Sustentabilidade no Cerrado, ainda que sem a utilização do novo espaço físico. Entretanto, com a nova gestão assumindo a administração da UnB, foram reacendidas as possibilidades de uso desse espaço. (link para o filme da UnBTV sobre a visita da PRC e para a notícia da reunião entre reitora e prefeito).

 

Infelizmente a situação do país havia mudado muito desde 2016 e a universidade pública passou a enfrentar cortes cada vez mais drásticos em seu orçamento. E tornou-se cada vez mais difícil a possibilidade de ocupar o espaço construído para ser a sede do Centro, apesar dos esforços olvidados pela direção, com apoio dos conselhos (Deliberativo e de Programas e Projetos).

Desde o início do processo de criação deste Centro, em 2007 quando do primeiro encontro realizado com representantes de diversos conselhos municipais com a UnB, quem esteve a frente de todo o processo foi a profª Nina Paula Laranjeira, que coordenou o Programa de Extensão para implantação do Centro, aprovado pelo Decanato de Extensão em 2009, e depois veio a ser a primeira diretora desta Unidade (maio de 2011 a junho de 2017), período no qual a sociedade civil e representantes de poderes públicos locais estiveram próximos à universidade e parcerias importantes foram levadas a cabo.

A história do Centro UnB Cerrado contada nesse site termina aqui, pois a mudança de orientação com a nova direção do Centro, a partir de julho de 2017, foi bastante radical, no sentido de manter o diálogo e os projetos em parceria com a sociedade.

Assim sendo, o NASPA, criado em 2014 pela então diretora do Centro, começou sua trajetória de migração para sociedade civil, de forma a poder dar continuidade a seu espírito de colaboração entre diversos segmentos sociais para o avanço da Agroecologia e da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

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